terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu, ela e as outras.





Amorzinhos lindos, hoje não me apetece.

Há dias em que fico assim. Lamento, já vos disse que sou humana? Não? Esqueci-me.
Sentir-me mãe da minha própria mãe, esgota-me, cansa-me e entristece-me.

Brinquem vocês.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Posto isto, a situação é menos grave do que eu supunha.

O Rui Pedro disse-me que eu sou uma escritora em potência.
Visto que potência não me falta, já não falta tudo.

Gu gu da da (língua de fora)

Depois, há aquela mania irritante, pseudo-literária, de se começarem os títulos por "Da(s), Do(s). Cansa, minha gente, cansa.
Deve ser de mim, que sou uma embirrenta do caralho. 

Desculpe, como disse?

No Sábado fui assediada. Durante o expediente dele, um senhor com mais de sessenta anos, sem mais nem menos, sai-se com um "Hás-de dar-me o teu número!". Eu ri-me, porque, ingénua como sou, pensei que aquilo fosse uma espécie de piada. Passados uns minutos, aproximou-se de mim e entregou-me um papel. "Liga-me.", pediu ele com voz melosa. Fiquei atónita, olhei para o papel, "Agostinho 96.......".
Eu até gosto de homens mais velhos, acho-lhes uma certa graça, mas o meu limite, pelo menos até agora, está na casa dos quarenta. Até chegar aos sessenta e mais alguns, ainda falta um bocadinho.
Portanto, fofos, se se sentirem sozinhos, se vos apetecer fazer caridade e tirar da solidão a alminha penada que me abordou, posso facultar-vos o número.
Infelizmente, o blogger não deixa postar fotografias, caso contrário, mostrava-vos o bilhetinho amoroso.

sábado, 28 de maio de 2011

Eh pá, prontes, agora fiquei aborrecida.

Como suas eminências não gostam de mim, é absolutamente imperioso que eu faça fita, fique de trombas, amue e só volte a escrever daqui a um dia. Ou dois.
Adeusinho.
Não me vou esquecer disto que me fizeram. Sou uma gaja extremamente sensível, ou julgam o quê?!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nem sempre sou parva. Até sou uma gaja que se preocupa com questões importantes:

Será que quando a Judite de Sousa pôs as capinhas nos dentes fez um seguro para os mesmos?

A preocupação também se estende aos dentes do Paulo Portas.
Dr. Paulo Portas, perdão.

Não tentem conhecer-me. Aprendam-me.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Toma lá qu' é p'ra não te armares em estúpido.

Até estava para aqui colocar uma fotografia minha como vim ao mundo mas agora, só por causa das merdas, já não o vou fazer.
Há quanto tempo, meus pequenos, há quanto tempo não falo convosco? Vinde, não podereis sentar-vos no meu colo que, sabeis como é, ou não, não sabeis ainda, porém já o tereis notado: vou avançando na idade e as articulações e os músculos já não cooperam, mas vinde na mesma, sentai-vos, não no meu colo, no chão, fazei um círculo à volta do meu cadeirão coçado pelo tempo, enquanto vou sorvendo o café e fumando um cigarro. Digo-vos, pequenos, com a chávena na mão esquerda e o cigarro na mão direita, há bastante tempo que não partilho com todos vós os meus conhecimentos empíricos.
Algo se passou hoje que quero partilhar, antes que, para além das articulações e dos músculos, como já sabeis, também a memória se renda. Chegai-vos mais a mim, estais muito afastados e para isso tenho que esforçar mais do que o necessário as cordas vocais já por demais afectadas pelo alcatrão, monóxido de carbono e nicotina.
Estais atentos? Ora bem, sendo assim, agora posso finalmente dizer-vos, não compreis automóveis potentes e velozes, porque, posso afirmar-vos, hoje em dia, esses mesmos automóveis, os topo de gama, como lhes chamam, vêm com graves insuficiências, nomeadamente no que concerne aquelas luzinhas que indicam ao condutor que se encontra na retaguarda dos tais topos de gama se o condutor do topo de gama vai virar à esquerda ou à direita. Eu sei, eu sei, parece algo inútil, afinal, que raio de estupidez essa, andar por aí a acender e apagar luzes no meio da estrada, deve ser confuso, agarrar o volante e acender luzes ao mesmo tempo . No entanto, garanto-vos, estes pequenos sinais de luzes são parte intrínseca à vossa segurança. Posso provar-vos isto que digo pois, por diversas vezes, seguindo atrás de um destes automóveis de valor avultado, existiram falhas de luzes gravíssimas, ao ponto de quase ter ocorrido um acidente.
Agora ide em paz, podeis brincar no jardim, colocai na cabeça um chapéu, não quero que apanheis uma insolação. E, fazei sempre o sinal de luzes no jogo da apanhada, não vá o diabo tecê-las.
Para além disso, às vezes, também conversavam.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não tarda nada, vai começar a fazer parte das conversas de engate.

Pronto, pronto, eu sei. Já devia ter escrito algo verdadeiramente decente, assim a roçar a genialidade, um texto bonito, cuidado, profundo. Já devia ter dedicado a minha atenção de pseudo-escritora frustrada ao tema do facebook. Hoje vai ser o dia, mas só porque 90% das conversas alheias que me chegam a estes dois ouvidinhos que, se alguma alminha caridosa me fizer a vontade, a terra não há-de comer, abordam o tão famoso tema.
Queridinhos, eu também consigo conversar sobre o facebook. Eu também consigo escrever sobre o facebook. Melhor ainda, eu consigo utilizar o facebook em todas as minhas frases.

Ora vejamos:

- O Sócrates facebook é fixe!
- Eu tenho uma conta no facebook, tenho, tenho.
- A minha mãe tem uma conta no facebook onde já aprendeu a postar músicas encontradas no youtube.
- Eu e a minha mãe não somos amigas no facebook.
- Deu-me uma fome dos diabos.
- Os amigos que tenho contam-se pelos dedos de uma só mão, mas lá, no facebook, consigo ter nove, quase duas mãos-cheias deles, portanto.
- Um dia destes, o jantar em casa da minha mãe estava marcado para as oito, no entanto, jantei às oito e trinta e sete, porque a minha mãe perdeu a noção do tempo no facebook.
- Tenho mais fome agora do que há dois minutos atrás.
- O facebook devia ter um serviço de despertar-para-a-vida  com vista a que as pessoas pudessem voltar a realizar todas as tarefas mundanas que realizavam até à data da criação da conta no facebook. (Esta frase marca mais pontos porque a palavra facebook foi utilizada duas vezes.)
- Adoro o facebook!
- Vou viciada em batatas fritas.
- O sítio deste planeta onde se encontram as pessoas mais interessantes é no facebook, ah!, e felizes.
- Em ... seria muito feliz.
- As pessoas colocam muitas fotografias no facebook, qual delas a mais bonita, nunca vi por lá uma má fotografia, toda a gente mostra o seu melhor perfil.
- As minhas melhores fotografias estão escondidas.
- Eu e a minha mãe ainda não somos amigas no facebook, primeiro é melhor começarmos pela vida real, que as coisas devem sempre começar pelo início, como já lhe expliquei um dia destes.
- Estou a babar enquanto penso em sopa de grão.
- Também ia bem baba de camelo.
- Uma das coisas boas do facebook é que se encontram todas as pessoas, mesmo aquelas que não queremos que nos encontrem.
- Acabei de ver no meu facebook cerca de treze pedidos de amizade de outros utilizadores, até os conheço pessoalmente, alguns há anos, porém, declinei delicadamente os pedidos, porque agora não estou numa de amizades.
- Talvez seja  melhor ir comer qualquer coisa... 
- Só mais um cigarro, vá.
- Se as pessoas pudessem foder através do facebook era tudo muito mais simples, já ninguém tinha que se dar ao trabalho de sair de casa, correndo o risco de apanhar uma desilusão e ir para casa com o rabo entre as pernas.
- Pronto, não aguento mais, vou comer.


terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Parabéns, DEUSA.

Porque na blogosfera encontram-se pessoas especiais.
Tu foste uma delas.
Digo-te mais, Grimsvotn, se vieres a estragar-me os planos, meu grande cabrão, vou à Islândia e fodo-te.
Até há cinco minutos atrás, eu tinha um aquário na minha sala. Tinha tudo: areia, conchas de vários tamanhos, pedrinhas, velas e areia. Bom, não tinha peixes.
Misteriosamente, o sofá arrastou-se como que por magia pelo chão, foi contra ele e partiu-o.
Digo-vos, não fui à praia mas consigo sentir a areia debaixo dos pés.

Pequenas memórias.

Enquanto estendo a roupa na varanda, com a Lhasa a cantar lá no fundo, lembro-me daquela viagem.
Os cedês iam alternando entre Bonnie Prince Billy e Ennio Morricone. Sentia o cabelo molhado e a camisa colava-se-me às costas; e agora?, e agora?, vê no mapa; punha e tirava o panamá demasiado grande para a minha cabeça, eu ria-me e tu rias-te e sentia-me verdadeiramente encantada, como se visse o mundo pela primeira vez, como se nascesse de novo.

O céu nunca me parecera tão azul.

Verdade.

Gostava de te dar imensos motivos para gostares de mim.
Acontece que há dias em que nem eu os encontro.

sábado, 21 de maio de 2011


" Quando acordou doía-lhe o estômago e tinha vontade de morrer. À tarde saiu para fazer compras. Entrou numa loja de lingerie, numa de roupa de mulher e numa sapataria. Nessa noite levou Rebeca ao hotel e depois de tomarem duche juntos vestiu-a com uma tanga e cinto de ligas, meias pretas e um body preto, sapatos pretos de salto alto fino e fodeu-a até ela não ser mais do que uma tremura entre os seus braços. "


in 2666, Roberto Bolaño

sexta-feira, 20 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Saudades. III

Naqueles tempos, os primeiros, sempre que a partida se anunciava, fazia-se acompanhar da chuva. Umas vezes, miudinha, outras vezes, torrencial.
Foi Inverno e todas as estações que lhe seguiram. Foi o Inverno de todas as estações.




"Mas, na minha cabeça, era Primavera."



- Porque choras?




- É que, às vezes, enquanto durmo, eles entram-me em casa e roubam-me os sonhos...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Resquícios do fim-de-semana.

Os olhos descem-lhe na diagonal pelo vestido, demoram-se mais tempo no preciso espaço em que o vestido acaba e surgem as pernas dentro das meias, e continuam em descida vertiginosa até aos pés, onde parecem adormecer-se.
- Como sabes quem sou?
Levanta a fronte ruborizada. Tosse. Acaba a bebida de um trago. Aclara a voz. Gagueja.
Sorrio de mim para mim.
Há anos que assim é. Continua, no entanto, a causar-me sempre alguma estranheza que as outras pessoas me conheçam, saibam o meu nome, onde trabalho, onde vivo e eu não saiba nada delas. É que não faço a mínima ideia de quem são, até ao dia em que me confrontam com as suas existências.

No dia seguinte, num restaurante ao qual fui apenas duas vezes e onde, tenho a certeza, nunca me apresentei devidamente, uma das empregadas tratou-me pelo meu nome. Engoli a estupefacção com a canja.

A quarta-feira.

Primeiro, uma quarta-feira era apenas uma quarta-feira. Um dia depois da terça, um dia antes da quinta.
Agora, uma quarta-feira não é somente uma quarta-feira, é a quarta-feira. Agora, a quarta-feira vai-me alojando no peito estilhaços de uma bala perdida que veio contra mim sem aviso prévio. Agora, a quarta-feira deixa-me um travo, demasiado amargo, na boca.
Odeio a quarta-feira.

Um dia destes, ainda começo a odiar, de igual forma, o fim-de-semana. Espero que não. Espero que não.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Oh!

A minha vida amorosa vai muito bem, obrigada.
Eu estou óptima, fantástica, continuo gira como tudo, aliás, estou cada vez melhor, e recomendo-me.

Só não passo o tempo todo a escrevê-lo no blogue.

As batatas têm sexo?, ou como eu sou mesmo, mesmo uma lady.

Ela, sorvendo o que restava da meia de leite:

- Tenho que ir regar o caralho das batatas.
- Quê?
- Tenho que ir regar o caralho das batatas!
- Eu ouvi à primeira. Mas não sabia que as batatas tinham caralho. Pensava que tinham grelo...


Pelos vistos, uma certa quinta que existe para os lados do facebook dá um trabalhinho... do caralho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Saudades. II

Adivinha-me o corpo pálido sobre a toalha colorida estendida na areia.

Saudades. I

Viro a cabeça apenas o suficiente para deixar a jugular à mercê da sua boca. Nada digo. Ouço uma vez o meu nome murmurado na sua voz que logo se apaga na minha pele.

Post-it.

Estou som soluços.
Dói-me o peito.

E não sofro de incontinência.

Juro pela minha saúdinha, ou como eu gosto tanto mas tanto da blogosfera, capítulo I.

Um dia destes, encontrei um blogue escrito por um gajo. Até aqui, nada de extraordinário. Li de forma rápida umas quantas linhas. Que gajo sério, pá, pensei. Não existisse uma série de factores incontornáveis que neste momento fazem de mim uma gaja séria, pouco dada a rituais de acasalamento com estranhos, sorrisos malandros no trânsito, pestanejares de lolita inocente, ainda me metia com o gajo. 
Aquilo parecia muita fruta. Bom de mais para ser verdade. E eu nem gosto de fruta mas, em verdade vos digo, se o gajo para além deste cérebro, tivesse os tomates no sítio, se soubesse foder uma gaja como deve ser, sim, que isto de se saber foder uma gaja não é para todos e todas as mulheres gostam de homens que as saibam foder, se ainda por cima fosse jeitosinho, se, acima de tudo e como já referi, não existisse a tal série de factores incontornáveis que neste momento fazem de mim uma gaja séria, pouco dada a rituais de acasalamento com estranhos, olhares malandros no trânsito, pestanejares de lolita inocente, fazia o sacrifício.


Claro, depois desta pequena loucura que deve ter durado uns quinze minutos, a coisa passou.
O fenómeno parece bom de mais para ser verdade veio a explicar-se nesse mesmo instante.
Descobri que afinal o autor da personagem era um gajo com quem namorei.

domingo, 15 de maio de 2011

Não há bela sem senão ou os títulos nem sempre estão relacionados com o textos que escrevo.

Dirijo os mais sinceros pêsames a todas as pessoas cujas relações se foderam, findaram, terminaram, acabaram, ou qualquer coisa assim, devido ao facebook.

Meus queridos, bem-vindos.
Acabais de chegar à era do fuckbook.

Partidas, ausências e outras coisas que fazem chorar.

Protegida pelo guarda-sol da esplanada, ela dizia-me o quão difícil havia sido a despedida. O quanto lhe tinha custado. Passados mais de dois anos, ainda chora ao falar nisto. Limpa os olhos com os dedos, sorri tristemente. Gostava de lhe poder responder, sim, deve ter sido complicado, imagino, mas eu não imagino coisa nenhuma. Eu sei. Eu sei exactamente do que ela fala. Eu sei ao pormenor o que ela sente. Eu sei que estas coisas não se esquecem. Sei que sofremos por nós e por eles, sei que nos sentimos impotentes e algo amputados quando somos obrigados a tomar decisões que acarretam sofrimento.

Sei que, calada, também chorei, recordei-o; o vazio que ele deixou quando partiu.

Medi o peso da sua ausência.










A meio dos trabalhos para casa:

- Posso ir beber um copo de água?
- Não. Primeiro acabas os deveres.

- E se for só meio copo de água?

sábado, 14 de maio de 2011

Caro Universo:

essa merda de conspirares contra mim há-de acabar.
Um dia ainda te fodes com isso. Ai fodes, fodes.

Longe de mim ferir susceptibilidades...

mas será que sou só eu que pensa ter sido de extremo mau-gosto a mudança da Judite de Sousa para a TVI? Mulher, lamento, perdeste credibilidade. Em contrapartida, ganhaste uns dentes novos.

Ele há dias...

em que a única vontade que tenho é dar um tiro a alguém. Bem no meio dos olhos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Constatações.

Não deixa de ser irónico que as pessoas de quem mais gosto sejam as únicas com poder suficiente para magoar-me e desiludir-me. Não é o ficar zangada, porque isso acontece numa primeira fase e logo passa. É o ficar triste. Apenas triste.
O número de pessoas de quem gosto é muito reduzido mas, às vezes, pergunto-me se não seria muito mais fácil não gostar de ninguém. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Acreditem no que vos digo,

até podia tornar-me numa gaja interessante no meio blogosférico.
O único problema é que, para isso, teria que escrever um sem fim de aldrabices. Desculpem, a minha imaginação não dá para tanto.

Para que nunca tenhais a desfaçatez de dizer que eu não sou um verdadeiro amor.

Ainda ides a tempo!

http://www.osolhostambemcomem.blogs.sapo.pt/

Depois do Bin, o Sócrates Laden.

Pois que agora o Coelho saído da toca até já fala em terrorismo político.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Lição número cinco:

Guia para totós, ou, como tornar-me num bom mentiroso em pouco tempo.

Meus amores, isto de saber mentir não é para todos. Das duas uma: ou se nasce com o talento de saber mentir ou este se aprende e aperfeiçoa ao longo do tempo. Não tenhais ilusões, porque até existe um ditado popular dirigido aos que não sabem mentir, mais depressa se apanha um mentiroso que um ladrão, por isso, é preciso ter atenção. Um mentiroso descuidado é sempre apanhado.
Como isto leva o seu tempo, comecemos hoje pelo essencial. O mais simples e o mais importante.

1º - O mentiroso tem que certificar-se que a mentira que vai dizer é absolutamente credível. Nada de mentiras inventadas ao último minuto. Um bom mentiroso tem que ser frio e calculista, pensar muito bem na mentira antes de a dizer. Estudá-la e interiorizá-la.

2º - Depois de conhecer de trás para a frente a mentira que irá dizer, nunca, em caso algum, esquecer a mentira que se disse. Isto é importantíssimo. Se for necessário, anotá-la num bloco de notas, como nomes, datas, horas, isto para que possa sempre contar a mesma versão da mentira que inventou.

                                                                                                                (continua...)

Papel principal.

" Ó mãe, aquele moço bateu-me!"
" E o que é que tu lhe fizeste para ele te bater?"

Este diálogo nunca chegou a acontecer, mas bem podia ter acontecido. Em primeiro lugar, porque nunca levei porrada na escola; em segundo lugar, porque nunca fui de ir fazer queixinhas a casa.
O que importa reter aqui, é que é uma chatice pensarem sempre que eu sou sempre a vilã da história e que faço por merecer as coisas menos boas que me acontecem. Há quem interprete sempre o papel de sou-tão-bonzinho-que-podes-fazer-me-o-que-quiseres. O meu é sempre o oposto. Enfim, um aborrecimento.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lição número quatro:

Quando ele diz: "Vou sair com um colega* do trabalho.", convém ter a certeza que o dito colega tem uma pilinha e barba rija em vez de uma vagina. Se assim não for, pode dar-se o caso de que ele sofra de uma perturbação profunda no discurso, principalmente no que concerne a gramática da língua portuguesa, ou algo mais grave e, aí, está tudo explicado. Ou não. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, levem-no ao médico.


*(género masculino, número singular)

A minha mãe...

tem mais amigos que eu no facebook. Ainda não sei até que ponto a situação é grave.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Lição número três:

"Escorreguei numa casca de banana e, quando dei por mim, tinha a língua presa no esófago dela. Nem a conheço!".

Lamento, meninas, esta não é uma boa desculpa. Mandem-no dar uma voltinha ao bilhar grande, ir até ao Pólo Norte arejar as ideias e, quem sabe, arranjar uma desculpa que não vos faça rir.

Ele:

- não me telefona cinco vezes por dia;
- não enche a caixa de mensagens do meu telemóvel com palavras doces;
- não me diz todos os dias que me ama;
- não me diz a toda a hora que morre de saudades minhas;
- não é o homem mais romântico que alguma vez conheci...



... mas, amiúde, apanha um avião só para poder estar comigo menos de vinte e quatro horas.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lição número dois:

Alerta vermelho.
Desconfiar sempre e manter, em todas as circunstâncias, uma distância segura de homens cuja mulher das suas vidas é a própria mãe.

Antes que comecem a pensar que eu sou a bruxa má, em vez da princesa da história...

Para quem possa estar preocupado com a minha aparente mudança de comportamento, eu desvaneço os vossos temores, meus queridos mai' lindos da titi:
é perfeitamente natural que faça distinção entre as pessoas que amo, admiro e respeito e aquelas de quem não gosto, desprezo e não consigo respeitar.

Coerência, meus amores, coerência.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Lição número um:

Meninos, quem conhece o verbo foder, levante o braço!

Vamos lá a ver se a gente se entende...





O amor é lindo, sim, toda a gente sabe. Os pássaros cantam, o pólen anda no ar, as andorinhas fazem ninhos debaixo da minha varanda, o verde fica mais verde e o sol começa a aquecer. E gente grande também se apaixona perdidamente, também ama daqui até ao fim do mundo, também diz, a determinada altura, "és a pessoa com quem quero ficar para o resto da minha vida". Depois, ao contrário dos mais pequenos (em tamanho, que isto da grandeza ou pequenez é uma questão de perspectiva), quando algo corre mal, passado um mês apaixonam-se perdidamente por outra pessoa, voltam a amar e o circo volta a ser o mesmo.

 É a puta da loucura, meus amores. A puta da loucura.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Meus amores lindos da titi, partilho convosco uma notícia que me chegou por portas travessas...

Então não é, meus queridos, que acabo de descobrir que há homens, com pilinha entre as pernas, creio eu, que apreciam mulheres que não gostem de umas boas cambalhotas? Qual ginástica acrobática, qual quê? Sexo. Para os mais lentos, eu soletro: S-E-X-O. Não deixa de ser uma espécie de ginástica, geralmente praticada entre duas ou mais pessoas, dependendo dos gostos, claro está.
Então, como eu estava dizendo, há homens que não gostam que a mulher aprecie esta dita ginástica. Ou que assuma, sem falsos pudores, que gosta de praticar a mesma, debaixo dos lençóis ou não, com ou sem a luz do candeeiro.
Agora, a minha dúvida? Será que estes homens gostam é de homens? Ou pensam que que a mulher é uma espécie de bibelot sem vontade própria?

Porque eu (também) sei ser (muito) gaja.








E é tão bom ser-se mulher.

Será?...

Que foi desta que o Bin Ladenzinho se finou mesmo?
Tadinho. Vou ali acender uma velinha e já volto.

O que não precisa dizer-se.


domingo, 1 de maio de 2011

Estava bom de ver...





Mas quem é que me disse que seria uma boa ideia passar todo o santo dia de Domingo enfiada na cama entre livros, televisão e computador? É que estou com umas dores no esqueleto que ninguém imagina. Espertinha. Espertinha.