segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oh.


Eu também podia manifestar-me acerca dos Óscares. Podia. Mas, enquanto uns viam descansadamente a cerimónia no conforto de casa, moi même estava a trabalhar.
Enfim. Um aborrecimento.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ora bem,


para além de outas coisas que me caracterizam, existe esta, este caracol que insiste em formar-se logo abaixo da nuca e não desaparece. Podia ser pior... por exemplo, insistir em ter uma máquina fotográfica por perto no fim de beber uma garrafa de vinho.



*Socorro!

Meus amores, hoje, tenho pés para vós, não porque não, não porque sim. Só porque me apetece.





Factos...

Há quem goste de me ver pelas costas. Isso não me preocupa sobremaneira. É sinal que o meu rabo deve ser qualquer coisa do outro mundo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Meus anónimos lindos, *

sentem-se aqui no colo da titi, meus queridos, e digam-me, de que céu caísteis vós, meus anjos, que não vos conheço? Oh, mas adoro-vos a todos!




* Hoje estou cheia de amor para dar.
Aproveitem que esta merda não dura sempre.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Preciso explicar tudo, meus docinhos de leite?




Sou gaja dotada de uma certa dose de sensibilidade que, aliada à minha capacidade para ser naturellement chalada dos cornos, dá esta mistura explosiva, como já deveis, meus queridos, ter notado.
Bom, faço as minhas birras de vez em quando (mea culpa, mea culpa), faço beicinho, fico com trombas de elefante (a única coisa que eu e os ditos temos em comum) se as coisas não me correm de feição. Posso ser algo agressiva, intempestiva, irascível e, foda-se essa merda de dar a outra face, não gosto de levar pancada, nem perdoo.
Tirando este pequeno pormenor, para aquilo que realmente importa, sou uma verdadeira menina crescida. Ah, e, no fundo, no fundo, admito, sou boa demais para os demais (entendei como quiserdes). 






terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Chegada a casa.

(...) tiro as botas, calço as meias de lã; prendo o cabelo num rabo-de-cavalo desajeitado; visto a camisola com o Mickey Mouse.
Sinto-me ridícula. E sorrio-me.


O que não se vê.


Às vezes, encontro-me contigo naquele espaço temporal em que procuras silenciosamente no meu rosto a mesma expressão que viste no primeiro dia.
E dói-me que não consigas vê-la sem que a procures. Ela existe. Ainda vive, debaixo da pele e da carne. Ainda respira, mesmo quando penso que ela me pode ter morrido numa esquina qualquer.
E tenho que fechar os olhos. Tenho medo que me esvaia por eles quando me olhas assim.




Acredita, sinceramente, quando te digo que, amiúde, me sinto grande demais para o meu corpo.
Depois, dou por mim a lamber dos dedos os restos do doce de leite do crepe. E deixo de saber o que realmente sinto.





sábado, 19 de fevereiro de 2011

Na esplanada do parque.

Dois miúdos loiros correm, parando apenas no momento em que se dirigem à mesa onde a mãe os espera com um pacote de Ruffles onduladas; um gajo de casaco de fato-de-treino azul e rastas no cabelo anda de bicicleta mostrando dotes de quase artista circence; duas miúdas sentadas na mesa à frente da minha enrolam, cada uma, o seu cigarro enquanto bebem coca-cola; um casal aproxima-se com um Basset-Hound, não resisto, levanto-me, caminho para eles e, da forma que consigo fazer-me entender, pergunto se posso afagar o cão, ao que eles me respondem que sim, no meio de um sorriso; regresso à minha mesa, acendo mais um cigarro, bebo mais martini; do meu lado direito, umas duas mesas mais à frente, três mulheres e um homem na casa dos cinquenta bebem cerveja, parecem divertidos, provavelmente são amigos de longa data; sinto o cheiro a marijuana, olho de soslaio para trás e vejo um casal, ele bebe uma cerveja, ela bebe aquilo que deve ser parecido com um galão, ao mesmo tempo que o fumo da marijuana que está a fumar se vai desfazendo contra as copas das árvores. Acabo o martini, apago o cigarro e penso que as merdas nem sempre correm da forma que mais desejávamos. A esplanada do parque fica para trás enquanto me afasto.
Hoje, quando saí para fazer umas compras, o paquistanês da merceria quis oferecer-me um chocolate de côco. Eu não gosto de côco. Detesto côco. Acabei por trazer um isqueiro. Simpático.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Qualquer sinal de vida vindo de ti me deixa de mau humor. Pensava que já te tinha dito: estás morto.

Só mais uma coisa.






Tirando as camisas, impecavelmente penduradas nas cruzetas, tudo o resto permanece nas malas. Limito-me a ir tirando aquilo que vou precisando. Isto faz-me lembrar que estou apenas de passagem. Como sempre.



Está visto.

É mais ou menos como o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Só falta saber quem é quem.

Minha querida, eu explico melhor:

Se ele nunca parece tremendamente ansioso por pôr-te as mãos em cima, provavelmente isso quer dizer que ele não gosta assim tanto de ti. Ou nada.
Perdoem-me os crentes no amor romântico e platónico, eu não concebo isso que apelidam de amor havendo ausência de um desejo físico desmedido.

Não é frieza.

Temperatura abaixo do desejável, apenas.
Não posso culpar-te pela falta de jeito ou tacto em questões deste género. Há certas coisas que se vão adquirindo ao longo dos anos. Outras, por sua vez, vão-se perdendo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Aqui.

Aqui, na cidade onde chove duas ou três vezes por ano, já amanheceram, precisamente, dois dias chuvosos. Talvez isso queira dizer que, pelas estatísticas, choverá mais uma vez até ao final de Dezembro. Ou não. Talvez, ao ter feito as malas e ter apanhado aquele avião, todo o mundo tenha enlouquecido e, os dias outrora solarengos passem a ser dias de mau tempo. Frios e chuvosos.
Talvez o mundo tenha enlouquecido mesmo, talvez.
Sorriem-me na rua. Não me conhecem, mas sorriem. Nestas ruas apinhadas de gente, a respirar vida. Sorriem-me. Dizem-me olá. Passo os dias a fumar e beber vinho rasca. E não consigo escrever.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Não se pode

evitar a tomada de certas decisões com base no medo.
Essas são as chamadas decisões do caralho.