sábado, 30 de julho de 2011

Naqueles tempos, elogiavam-me a gargalhada fácil, o sentido de humor, a alegria de algibeira.
Nunca elogiaram o meu talento na arte que era a representação.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dança dos Dias resolveu dar o ar da sua (des)graça.

De forma que a coisa é difícil, isto de se racionalizarem as merdas. Depois disso, lá me resolvi. O melhor mesmo   é mandar alguns para a ala dos traumatismos cranianos e passa tudo. 
Uma gaja cansa-se de explicar que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, de forma que as duas coisas nunca serão a mesma coisa, são coisas distintas, pelo que nunca poderão ter a mesma interpretação.

Foda-se. Agora ide lá em paz e que o senhor vos acompanhe, se não quiserdes, ide sozinhos, e deixem-me lá curtir a minha neurose.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um dia já posso dizer que consegui deixar um gajo de olhos em bico.

Era chinês e devo ter-me passeado pelo seu belo espaço comercial, seguramente, mais de trinta minutos com umas orelhas de coelhinha da Playboy na cabeça. Comprei as orelhas. O chinês ficou.


Também já me passeei de pantufas em pleno centro comercial.


Tirando estes pequenos pormenores e mais uns quantos que a minha timidez não permite revelar, sou uma senhora com um comportamento irrepreensível. 

Sex thing?

Dizia o motard que, quando se encontra sóbrio, demora cerca de dez minutos a montar a tenda. Aquando de uma enorme bebedeira, entre duas a três horas.



É tão bom, não foi?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dança dos Dias em pensativo mood.

Parece estranho, coisa d'outro mundo, desgastante, no entanto, às vezes, também gosto de lhe dar uso.



Dizem que o poder pode ser um bom afrodisíaco.

Não sei se é verdade. Mas, a ser verdade, já conheço uma boa excepção.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Estou cansada.

Estou mesmo cansada de fazer escolhas e de as fazer, pensando (?), que serão as mais acertadas.
É que, a um dado momento, tudo me parece errado.

Sim, eu sei.


Já proibi as letras e as imagens
e até o horizonte, azul-tranquilo,
penso bani-lo um dia, como o erro
que se corrige a tempo num esboço.
Se do poço te ergui, foi distraído
pelo suor maligno em que dormias,
julgando que mais tarde poderia
consertar o defeito de fabrico.
Agora me arrependo de ter dito
verdadeiras palavras ao ouvido
de cego e desastrado demiurgo;
vou fechar para férias o universo
e levar-te num verso com a vida
à oficina das falhas e perdidos.


António Franco Alexandre. Duende.

Sabes,

só te apercebes que a luz foi luz quando te entra a escuridão pela casa adentro.

Às vezes, até sinto as tais borboletas na barriga.

Dão murros.

Porque, mais importante que saber o que se quer,

é saber-se o que não se quer.

domingo, 10 de julho de 2011

Dança dos Dias, a inocente.

Sempre acreditei que, entre dois homens que fossem amigos, existisse uma espécie de acordo de cavalheiros onde constasse uma alínea qualquer na qual estivesse escrito a negrito que amigo que é amigo não se faz à ex-namorada do amigo.

Andei enganada este tempo todo.

Já as mulheres, quando são amigas, não têm por hábito sentir ou manifestar qualquer desejo de se envolverem com um amigo do ex-namorado.


Descaradamente roubada ao Anão.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Meu amor,

odeio-te por todas as razões que não consigo ou posso dizer-te.





Nunca e sempre tua, 
Dança dos Dias

Homens interessantes, vinde a mim.


Não me apetece mais brincar às escondidas.

Check-in.

Os momentos que antecedem um primeiro encontro são como uma visita anual ao médico.







Depois conto-vos como foi. Ou então, não.

Calculismo romântico.

Disse-me que primeiro devo escolher o homem. Só depois posso apaixonar-me.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Segredos para uma relação feliz e duradoura.

Peçam pouco.
Exijam pouco.

Fiquem felizes em receber menos ainda.

Garanto-vos, fofinhos, uma das partes fica sempre feliz.

No que diz respeito ao sexo, fica para outra altura. Agora, dói-me a cabeça.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

V.I.T.R.I.O.L.

Descobri ontem, em conversa, que a minha vida tem sido regida por uma espécie de princípio alquímico.

Se isto der dinheiro, fico rica.

Querido coração:

Sei que nem sempre te tenho tratado bem, às vezes trago-te cá dentro, apertado e com o batimento demasiado acelerado; sei que te dou demasiadas preocupações, não te dou um minuto de descanso; sei que te exijo demais e que te fiz renascer sem nunca teres morrido, sei disso tudo.

Prometo-te, para nosso bem, teu e meu, não matarei mais ninguém. Mato-te.




Com amor, 
Dança dos Dias

terça-feira, 5 de julho de 2011

Posso ser um bocadinho fútil, posso?

Claro que posso, fofos, eu posso tudo, e este blogue pode ser uma valente merda mas ainda é meu.
Pois bem. Nunca em toda a minha vida usei um vestido tão curto, exceptuando o meu tempo de meninice. Porém, eis que esta coisa-mai-linda-e-justa-e-preta-e-com-estas-costas-rendadas me pediu, leva-me p'ra casa. E eu sou tão fraca que lhe fiz a vontade.


Pronto, o que hei-de eu dizer?, fiquei frustrada ou como não tenho jeito para escrever. Nem títulos. Humpf.

Esperem lá...
Então, uma pessoa contrata a prestação de serviços de um contabilista e paga a mesma prestação de serviços que têm como finalidade a resolução de um problema. Estão a acompanhar?
Posteriormente, tem que se contratar a prestação de serviços de um outro contabilista e pagar a mesma prestação de serviços que têm como finalidade a resolução de um problema que o primeiro contabilista multiplicou por mil. Entenderam?


                                                                                                                                                                                      Senhor contabilista,

 agradeço-lhe, do fundinho de mim, o seu empenho em foder-me a vida,
 mas, olhe, se eu quiser ver a minha vida fodida,
 consigo muito bem fodê-la sozinha.
 E sem pagar por isso.
É já no próximo fim-de-semana que vai começar o meu Verão; as noitadas duram para além do nascer do sol e acabam na água, o céu é azul, a água morna e se deus existe, é um gajo gordo, com toda a certeza.

Verão.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Atirei-me à cozinha na disposição de cozinhar qualquer coisa que implicasse mais que marcar os minutos no microondas ou ligar o forno do fogão. Estava com vontade. Abri uma garrafa de vinho e meti mãos à obra.

Acabei bêbeda e sem jantar.

domingo, 3 de julho de 2011

Tornei-me na primeira embaixadora das causas perdidas. Passei com distinção em todas as provas prestadas.

Se conduzir, não durma.

Toda a gente sabe que é um pormenor importante, essa coisa de nos mantermos de olhos abertos quando andamos na estrada. Tirando alguns hematomas e umas quantas escoriações, habituais quando se leva um muro pela frente, tudo bem. Vai-se andando.

A gerência agradece.

Não gosto muito que me pisem os calos.
Principalmente o do pé direito.