domingo, 15 de maio de 2011

Partidas, ausências e outras coisas que fazem chorar.

Protegida pelo guarda-sol da esplanada, ela dizia-me o quão difícil havia sido a despedida. O quanto lhe tinha custado. Passados mais de dois anos, ainda chora ao falar nisto. Limpa os olhos com os dedos, sorri tristemente. Gostava de lhe poder responder, sim, deve ter sido complicado, imagino, mas eu não imagino coisa nenhuma. Eu sei. Eu sei exactamente do que ela fala. Eu sei ao pormenor o que ela sente. Eu sei que estas coisas não se esquecem. Sei que sofremos por nós e por eles, sei que nos sentimos impotentes e algo amputados quando somos obrigados a tomar decisões que acarretam sofrimento.

Sei que, calada, também chorei, recordei-o; o vazio que ele deixou quando partiu.

Medi o peso da sua ausência.











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