segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A coisa.

Ainda não sei se acho muito bem essa coisa de se conhecer um homem e, logo no minuto seguinte, mostrar-lhe as parte íntimas. Ora, não critico quem o faz. Cá para mim é que é um aborrecimento dos diabos. Tirar a roupa e mostrar-me assim, como a minha mãezinha me pôs neste mundo sem, antes de mais, um convite para jantar num bom restaurante, sem o gajo dar ares de cavalheiro, ir buscar-me a casa, abrir a porta do carro, abrir a porta do restaurante, ajudar-me a tirar apenas e somente o casaco, puxar a cadeira para me sentar? Onde raio foram parar as boas-maneiras? 
Afinal de contas, lá terei que engolir o pudor com o almoço e ir ao encontro dele. É provável que abra a porta para eu entrar cabisbaixa e ruborizada. Pois que não será precisa a mais leve sugestão para que me dispa, eu mesma o farei. Tudo para que ele me veja melhor.
No final de tudo, saio nervosa e com menos setenta e cinco euros na carteira.
Isto lá pode ser?!

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