Naqueles tempos, os primeiros, sempre que a partida se anunciava, fazia-se acompanhar da chuva. Umas vezes, miudinha, outras vezes, torrencial.
Foi Inverno e todas as estações que lhe seguiram. Foi o Inverno de todas as estações.
"Mas, na minha cabeça, era Primavera."
8 comentários:
Lindo! ;)
Beijo*
Em vez de Saudades III, eu diria
" O Inverno do meu Descontentamento "
Gafanhoto
Olívia, devo agradecer, minha querida? =)
Um beijinho!
Gafanhoto, nunca poderia ser "O Inverno do meu Descontentamento"... Foi o Inverno com mais sol que eu já vi.
Tem razão.
Esqueci-me de um pormenor importante.Das flores que ensaiam uma dança primaveril nos teus lábios.
De facto deveria ter havido muito muito sol nesse teu Inverno, ou talvez fosse só ilusão, quem sabe a poderosa, indecisa e fugaz luz de Janeiro.
Peço desculpa pelo lapso.
Gafanhoto
Esqueceu-se do mais importante dos pormenores, mais importante ainda que as flores, ou o chilreal dos pássaros, augúrio do tal tempo primaveril.
Esqueceu o prodígio da mente humana. Esqueceu a mais importante de todas as frases, muito provavelmente, a única que importa, aquela que diz tudo, a que, em não havendo linhas a antecedê-la, continuaria a fazer todo o sentido:
"Mas, na minha cabeça, era Primavera.".
Muito, muito agradecida pelo comentário, Gafanhoto.
A chuva eras tu própria, umas vezes miudinha (quando se impunha mais decisivamente a tua Primavera), outras torrencial (sempre que a partida arrefecia esse calor primaveril).
Existem sempre longos Invernos nas nossas primeiras Primaveras.
J.A.
Oh...
Tenho os melhores comentadores do mundo!
Eu prefiro que floresçam Primaveras nos meus Invernos rigorosos.
Um beijo J.A. e obrigada.
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